Quantas
vezes nós cristãos em busca da obediência acabamos caindo nas armadilhas do
Perfeccionismo? Esta é uma armadilha fácil de se cair, eu mesma já me vi presa
por ela, e o fim de tudo isso é frustração. E o pior é que mesmo após a
frustração nos recompomos e vamos novamente pelo caminho sofrido de tentar ser
perfeito.
George
Knight, historiador e professor emérito na Universidade Andrews (EUA) se propôs
nesta obra a contar sobre suas frustrações e quedas em busca do perfeccionismo
e mais do que isso, as conclusões as quais ele chegou após estudo profundo
sobre o assunto. Este livro se refere à tradução da segunda edição do livro “I used to be perfected: a student of sin
and salvation”, de 2001.
Ao
ler no sumário os títulos dos capítulos já achei estranho a oposição de suas
ideias, como por exemplo: “O Pecado é amor”, “A tentação não é Tentação”. À
princípio julguei que seria um livro no mínimo confuso. Mal sabia eu quão
claras as ideias se tornariam ao começar a leitura.
O
autor atribui significados diferentes às palavras “pecado” e “Pecado”, há
também diferenças entre “tentação” e “Tentação”, entre “lei” e “Lei”. Todos
esses conceitos são embasados em passagens bíblicas de uma forma esclarecida
com vários exemplos. O processo da Justificação e da Santificação são
conceituados e comparados entre si.
Ao
final do livro, George Knight compartilha a sua experiência. Ele era um pastor
em busca do aperfeiçoamento em muitas áreas: alimentação, comportamento, vestuário,
tempo de estudo da bíblia dentre outras coisas. E quanto mais ele se esforçava
para ser perfeito, mais ele se tornava especialista em apontar os erros dos
outros: “Em meu esforço para reproduzir o
caráter de Cristo, eu estava ficando cada vez mais parecido com o diabo”.
Foi se tornando um verdadeiro fariseu e sua convivência com os outros se
tornando cada vez pior. A frustração o levou a entregar suas credenciais e
abandonar a igreja. Por muito tempo ficou sem orar e ler a bíblia. Buscou
respostas na Filosofia para o sentido da vida, e tudo foi em vão.
Deus
tem um modo especial de resgatar seus filhos, e não foi diferente com George
Knight. Ele reconheceu que sabia mais sobre doutrinas do que sobre Cristo, e
entendeu sua necessidade de se tornar um verdadeiro cristão. As conclusões que
ele chegou são relatadas no livro, a suma delas é que ser perfeito não tem nada
a ver com vida sem erros, sem pecados. Ser perfeito é negar a si mesmo e viver
uma vida de amor a Deus e ao próximo.
Este
livro me ensinou bastante sobre um tema que nunca havia visto uma explicação
realmente convincente e embasada biblicamente. A leitura é uma maravilha, muita
clara com perguntas ao final de cada capítulo para reforçar o entendimento e a
reflexão.
“Ninguém será salvo pelo o que evitou. O
Cristianismo é positivo, não negativo. O verdadeiro cristianismo é uma religião
que nos livra da preocupação com nós mesmos e da tentativa de ganhar a
salvação, a fim de amar verdadeiramente nosso próximo, nosso Deus, nossos
irmãos...”
Título:
Eu costumava ser perfeito
Editora:
UNASPRESS
Autor:
George Knight
Páginas:
93
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