Quase 4 em cada 10 pessoas não só preferem o livro físico, como não pegam em um e-book nem mortas. Gostam mesmo é do cheirinho e da sensação do impresso nas mãos. |
Não estamos lendo menos. Mesmo com todas as
distrações da atualidade, os americanos ainda leem uma média de 6 livros
ao ano - e essa quantidade não mudou nos últimos 5 anos.
Esse é só um dos mitos sobre a leitura que o Instituto Pew quer desmentir. Uma nova pesquisa
feita por lá mostra que o cenário fatalista com relação aos livros é
bastante exagerado: seguimos com o mesmo padrão de leitura e os livros
impressos estão longe de morrer. Na verdade - ao contrário da música, onde o
digital já representa 45% das vendas, contra 39% dos CDs físicos - as
páginas de papel ainda são nossa forma preferida de ler.
O Instituto começou a estudar os leitores em 2011.
Desde então, muito pouco mudou nos nossos hábitos de leitura. A maioria dos
americanos ainda prefere os livros físicos: 65% dos leitores leram um
livro impresso pelo menos uma vez no último ano e 38% deles se
recusa a ler livros em qualquer formato digital.
De fato, o índice de leitura de e-books é muito
menor: não passa dos 28%. Os audiolivros, então, fazem menos sucesso ainda
- foram consumidos por 14% dos 1.520 americanos entrevistados pelo estudo.
A última grande mudança no cenário digital havia sido entre 2011 e 2014,
quando o consumo de e-books cresceu de 11% para os 28% atuais.
O digital não está crescendo, mas está mudando. Se
antes, se destacavam os Kindles e outros aparelhos específicos para a leitura
dos e-books, agora está aumentando o número de pessoas que leem nos smartphones
e tablets. Esse crescimento foi maior especialmente entre os grupos de escolaridade
mais baixa, que tradicionalmente leem menos e-books, mas parecem ter
desenvolvido uma preferência por ler no celular.
O que os pesquisadores acreditam é que o smartphone
está tornando a leitura digital mais acessível para a população e que, no geral,
a leitura se transformou em um hábito "multimodal": você vai escolher
o formato que se adapta melhor à cama quentinha, o metrô lotado ou a cadeira de
praia, mas vai continuar lendo tanto quanto antes.
Fonte: Super
Interessante
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