Wanessa Magalhães, no Administradores
Há pouca
novidade em afirmar que ler faz bem para o cérebro e para a vida, mas é
interessante ressaltar como isso acontece, na prática, na vida de um leitor
assíduo e, caso você seja daqueles que não curtem muito a leitura, convido a
refletir com profundidade ainda maior.
Um primeiro
grande motivo para ler (ou ler mais) é compreender que as leituras que um
indivíduo realiza são uma das maiores fontes de informação, tornando o leitor
mais atualizado e menos manipulável, uma vez que, quanto mais se lê, por fontes
variadas e confiáveis, mais é possível desenvolver seu senso crítico e aumentar
sua capacidade de análise, dando espaço a outros pontos de vista, contribuindo
para formar sua própria noção da realidade. Quanto menos se lê, menos se
compreende sobre o que acontece além da sua rotina, como acontece e o que se
pode fazer a respeito.
Um segundo
motivo para ler (mais) é saber que leitores possuem uma probabilidade maior de
escreverem bem, pois a leitura melhora o vocabulário, já que quando lemos,
rotineiramente encontramos novas palavras (e as aprendemos) e reforçamos no
nosso cérebro a escrita correta dos vocábulos, evitando aqueles deslizes comuns
que minam a credibilidade do nosso conteúdo, quando escrevemos errado.
Como se esses
dois grandes motivos não bastassem para nos convencer de que a leitura precisa
ser incorporada como um hábito, ainda há um terceiro, necessário aos
profissionais das mais diversas áreas, inclusive conhecida como uma das
características mais desejáveis pelas empresas e que os indivíduos se perdem
sobre como desenvolvê-la: ler aguça a criatividade e desenvolve a capacidade de
empatia.
Cada pessoa que
lê o mesmo livro produz imagens mentais diferenciadas, de acordo com suas
experiências e referências, o que significa que a leitura possibilita que você
forme a sua própria imagem do que está sendo lido ou até crie uma própria
imagem para os personagens de cada leitura, e tudo aquilo que estimula a
criação de imagens mentais próprias está automaticamente desenvolvendo sua
criatividade e seu modo de ver e modificar os cenários, em seu raciocínio,
tornando-o mais empático e criativo para situações reais.
Além desses
motivos, ainda há mais um potencialmente destacável, na prática da leitura: ler
sobre a sua área de atuação é compatível com fazer cursos de aperfeiçoamento,
com uma diferença: gastar bem menos ou quase nada. Penso até na possibilidade
futura de que um currículo poderia abarcar os livros que o indivíduo já leu, se
os selecionadores começassem a valorizar mais essa prática, e a entrevista de
emprego poderia “investigar” os aprendizados proporcionados por eles (“que
livro você leria novamente e por qual motivo?”, “qual a maior lição que um
livro já te proporcionou?”).
Você já imaginou
que a leitura de um livro, por exemplo, pode representar a mesma proporção de
conhecimento aprendida num curso que você realize? Ainda mais numa realidade em
que se espera cada vez mais do autodidatismo e se utilizam recursos de Ensino a
Distância, com a presença reduzida ou inexistente de um tutor. É como se cada
livro que você lê, da sua área de atuação, fosse mais um curso de
aperfeiçoamento que você faz, embora não conte com a emissão de um certificado
(e talvez por isso os livros lidos não sejam pauta nas entrevistas de
emprego!). E é possível fazer isso a qualquer hora e em qualquer lugar, muitas
vezes sem pagar um centavo (pegue livros emprestados ou adquira o hobby de
passar uma tarde lendo, numa livraria, por exemplo!).
Imagine a
quantidade de conhecimento contida num livro, cujo autor passou anos
pesquisando e compilando ideias de outros especialistas, para passar para você,
que lê, às vezes numa única semana, aquela obra. São conhecimentos de anos,
absorvidos numa semana!
Definitivamente
a leitura tem um potencial incrivelmente transformador e quem lê está à frente
de quem não lê ou lê pouco. Quer uma dica? Leia mais!
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