Pesquisa
da Universidade de Sussex (Reino Unido) constatou que as crianças assimilam
menos vocabulário quando os livros infantis têm muitas figuras
Uma pesquisa da
Universidade de Sussex (Reino Unido), com crianças de 3 anos, constatou que,
quando os livros infantis têm muitas figuras, os pequenos assimilam menos vocabulário.
No experimento, um mediador leu dois tipos de livros (com texto e ilustrações),
mas um com imagens só na página da direita e, outro, com imagens em ambas as
páginas.
Os resultados mostraram
que, no segundo modelo, as crianças ficavam um pouco perdidas e não associavam
os objetos desenhados ao texto. Já quando as figuras ocupavam apenas um lado,
elas armazenaram o dobro de palavras. Os pesquisadores descobriram, ainda, que
se o adulto direciona o olhar dos pequenos para a palavra, apontando o objeto
correspondente, esse “excesso” de imagens não interfere na aquisição de
vocabulário. Mas, atenção, isso não quer dizer que a leitura precise ser sempre
feita dessa maneira.
“Se, por um lado, a
mediação entre a criança e o livro é fundamental para desenvolver uma cultura
da leitura, por outro, desde cedo a criança é capaz de desenvolver uma leitura
própria – o ler para si –, que possibilitará que ela adquira uma atitude
voluntária e espontânea, em uma experiência independente, lúdica e
gratificante”, explica a psicóloga e psicopedagoga educacional Marisa Irene
Siqueira Castanho, conselheira da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Aprender novas palavras é importante, mas os desenhos estimulam a imaginação e
o gosto pelas artes. Então, busque o equilíbrio, sem estresse.
Publicado na Crescer
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