Nenhuma obra em inglês
a não ser a Bíblia foi tão lida nos últimos 340 anos como o livro O Peregrino.
Lançado em 1678, desde então nunca parou de ser publicado.
O Peregrino de Jonh Bunyan é um dos trabalhos mais significativos da literatura religiosa inglesa. Grandes nomes como C. S. Lewis, Ellen White recomendaram esse livro. Spurgeon leu a primeira vez aos seis anos, e depois cerca de 100 vezes no decorrer da vida.
No livro O Grande Conflito (página 252) Ellen White escreveu:
Por mais de dois séculos aquela voz da cadeia de Bedford tem falado com poder penetrante ao coração das pessoas. O Peregrino e Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, escritos por Bunyan, têm guiado muitos ao caminho da vida.
O poeta e ensaísta
inglês Samuel Johnson relatou: “o grande mérito desse livro é que nenhum homem
culto consegue encontrar algo superior para enaltecer, assim como as crianças
não encontram nada mais divertido para ler”.
Jonh Bunyan nasceu em 1628 e viveu durante um dos períodos mais turbulentos da Inglaterra. Seu pai trabalhava consertando panelas e, logo Bunyan aprendeu a profissão do pai. Ele era um homem muito simples, conheceu a Jesus na juventude e foi preso por estar pregando em uma igreja que não era a igreja oficial do Estado naquela época. E foi durante esse momento difícil, na masmorra que ele escreveu O Peregrino.
O Peregrino é uma alegoria, uma forma literária muito comum na idade média. Os lugares e personagens não são pessoas e sim personificações de qualidades ou ideias abstratas.
O narrador da história conta um sonho que ele teve enquanto descansava. Nesse sonho um homem chamado Cristão vestido com trapos e levando um grande fardo nas costas lia um livro e chorava dizendo: “O que devo fazer?”
Cristão conversou com sua família, dizendo que a cidade em que eles moravam iria ser destruída e que eles precisavam encontrar um meio de se salvarem. Mas ninguém deu ouvidos para Cristão e o consideraram louco.
Ele ficou muito angustiado, andava sozinho, sempre lendo um livro e se perguntando: “O que devo fazer para ser salvo?”
Até que Cristão encontrou um homem chamado Evangelista que o compreendeu e ensinou o caminho que ele devia seguir, e esse caminho começava por uma porta estreita, no final de uma estrada extensa e iluminada. Assim começou a Peregrinação de Cristão, saindo da Cidade da Destruição rumo à Cidade Celestial.
O protagonista encontra diversos desafios e personagens pelo caminho como os seus vizinhos Obstinado e Inconstante. Em meio aos percalços ele conhece também Esperançoso e Fiel, além de Ignorância, Tagarela, Sábio Mundano, Paixão e Paciência. Os lugares que ele passa tem nomes como: O Pântano do Desespero, Vale da Sombra da Morte e a Feira das Vaidades.
Já deu para você entender que esse livro é sobre a trajetória do cristão, sobre a Graça Maravilhosa de Cristo. Ele traz muitos pensamentos marcantes, foi até difícil selecionar um. Mas aqui vai: Durante a jornada o fardo pesava nas costas de Cristão, e um homem chamado Legalidade diz que poderia livrá-lo do fardo, então Evangelista disse:
“Desse modo, esse Legalidade não é capaz de libertar-te de teu fardo. Ele jamais livrou qualquer homem de seu peso, e provavelmente jamais o fará. Ninguém pode ser justificado pelas obras da lei, pois pelos atos da lei nenhum vivente pode se livrar de seu fardo.”
Apesar de ter sido
escrito há tanto tempo, esta versão da editora Jardim dos Livros possui uma
linguagem bem fácil... Eu amei essa leitura, e quando terminei a minha vontade foi:
reler!
Existem várias versões, se você quiser conhecer algumas delas assista o vídeo do canal do Cristão Literário.
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Título: O Peregrino
Autor: John Bunyan
Editora: Jardim dos Livros
Número de Páginas: 219
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