28/01/2022

Resenha do Livro - Uma árvore cresce no Brooklyn

 



Essa obra foi escrita pela autora Betty Smith, uma romancista estadunidense que viveu entre 1896 e 1972. Uma Árvore cresce no Brooklyn foi o seu primeiro romance, o qual foi publicado em 1943. Ele foi adaptado para o cinema 2 vezes e também recebeu adaptação para um musical.

Esse é um clássico do subgênero literário chamado romance de formação,  cuja a narrativa se dedica a acompanhar o desenvolvimento psicológico e moral de uma personagem, desde a sua infância até a idade adulta.

Uma Árvore cresce no Brooklyn é quase uma biografia da própria autora, pois vários das experiências vividas pela personagem principal, foram vivenciados por Beth. Depois que soube dessa informação, a leitura desse livro se tornou mais especial para mim.

Neste livro vamos conhecer e acompanhar Francie Nolan, uma garotinha que mora no bairro de Williamsburg, no Brooklyn, EUA. Francie é a filha mais velha do casal Katie e Johnny Nolan. Katie é filha de pais austríacos e Johnny descendentes de Irlandeses. Eles se conhecem de uma maneira totalmente despretensiosa e se apaixonam à primeira vista.

 Francie tem um irmão um mais novo que se chama Cornélius, mas o apelido dele é Neely. Os dois são inseparáveis, fazendo tudo junto. É muito bonito ver a amizade e cumplicidade dos dois. A história se inicia em 1912, quando Francie tem 11 anos de idade e vamos acompanhar seus relatos até a sua maioridade.

A vida de Francie não foi nada fácil. No livro vamos acompanhar as lutas e sofrimentos de uma família pobre, marginalizados e que tinham que fazer malabarismos para conseguir viver minimamente.

Além de apresentar o desafio financeiro da família, Francie convivia com um pai alcoólatra, um outro grande desafio. Por conta do vício do pai, ele não conseguia se manter em um emprego fixo, o que contribuía com a situação financeira da família. Ele era um bom pai, mas o álcool tem seus malefícios e traz muitas consequências. Então ver os altos e baixos de alguém lutando contra o vício e os efeitos colaterais que a bebida trás, também me cortou o coração.

A dinâmica familiar também está em evidência no livro. Francie se dá super bem com seu pai com uma relação bem mais próxima, mas com a sua mãe a relação é um pouco mais fria. Eles todos se dão bem, mas é possível observar como que pequenas atitudes vão moldando o caráter da criança. E no desenvolvimento vamos vendo partes da Ketie e partes do Johnny em Francei.

O livro tem muitas personagens interessantes e que em suas aparições nos fornecem boas experiências. Não lembro de nenhuma que tive ranço, gostei de todos, mas as que eu mais gostei além de Francie são: sua tia por parte de mãe Sissy e sua avó materna, Mary. Sissy é super divertida e onde ela está parece que não existe problemas. Já a avó Mary é uma guerreira, uma mulher forte, com convicções e muitas lições para passar.

Nessa primeira leitura deste livro, consegui extrair muitas lições e pensamentos que mudaram um pouco a minha forma de agir e de relacionar com o próximo. Tenho vontade de reler esse livro e discutir com outros leitores para poder aprender mais ainda, pois esse é um livro que fala sobre vida e relacionamentos, assuntos que gosto muito.

Essa é uma ficção da vida real. Foi uma das minhas melhores leituras que já fiz e eu gostei do início ao fim.

Essa obra retrata a vida de pessoas reais que vivem em meio a problemas pertinentes do nosso dia a dia. Ela também nos faz pensar no nosso papel na sociedade, na família e na nossa própria vida.

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Título: Uma Árvore Cresce no Brooklyn

Autora: Betty Smith

Editora: Verus Editora

Páginas: 531


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